Há homens que nos tocam o corpo mas nunca nos alcançam a alma, há outros que nos desnudam a alma mas nunca nos tocam o corpo. E depois há os outros. Os que com um olhar nos beijam, com as mãos nos ensinam os caminhos que desconheciamos no mapa do nosso próprio corpo e que entram na nossa alma devagar numa comunhão em que não há espaço ou tempo, em que não existem os outros, onde um mais um não são dois mas apenas um. Um só. Dois corpos, duas almas, numa dança que se prolonga para além da presença do outro. E nesse momento de felicidade, de nudez absoluta dos sentidos conseguimos alcançar o céu. Porque estamos completos, porque já não somos a metade mas o todo.
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