
Há quase 2 anos, ao passar frente a uma loja daquelas que vendem incensos, reparei numa pedra que estava na montra. Uma pedra do tamanho de uma mão fechada. Cinzenta. A luz directa do sol fazia com que cada traço daquela pedra irregular brilhasse de tal forma que iluminava as outras pedras que estavam perto.
Nesse dia quando cheguei a casa, parti a pedra ao meio e à noite ofereci-te a metade que te pertencia. Sorriste quando te entreguei e aceitaste-a como se fosse a prenda mais habitual do mundo. Hoje, dar-te-ia uma flor de lótus. Tal como a pedra, sei que era a prenda certa para ti.
Porque ambos sabemos o significado da mesma. Como soubemos da pedra.
Estivéssemos no mesmo país e terias a tua flor de lótus.
Parabéns gaivota.
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