Já não ia ao cinema há uma série de tempo. Eu raramente vou ao cinema. Assim como raramente vejo televisão e depois ando sempre a leste dos programas/filmes/séries de que falam. Confesso, nunca vi um único episódio da série Donas de casa desesperadas nunca vi o programa que a Catarina Furtado apresenta na RTP (acho) e do qual tenho lido imensas criticas sobretudo porque parece, a rapariga acha que é a única mulher grávida do Universo. Enfim pormenores que não me interessam e que na realidade não tem nada a ver com este post. Pois ontem fui ver o tão comentado Brokeback Mountain. Eu que não percebo nada de cinema, que vou ver um filme quase de ano a ano, não sei se este foi merecedor das nomeações e dos prémios que arrecadou na noite dos Óscares (que pois, também não vi), mas gostei do filme. Não se trata de homossexualidade apenas. Trata-se de paixão. É uma história de amor, de traições, de mentiras, de vidas escondidas. Mas é uma história que podia retratar um casal heterossexual. Em que depois as vidas se separam, cada um segue o seu rumo e no entanto aquela paixão fica. Uma paixão que depois se retoma porque se tem falta do outro, uma necessidade quase vital da presença do outro. E ai começa as mentiras, as traições, coloca-se o outro acima de tudo porque os momentos juntos são tão raros e tão preciosos. Sim, é sobretudo uma história de amor e eu que não sou homem (palavra de honra!) nem homossexual, revi-me em momentos do filme (acho que quem já esteve apaixonado pelo menos uma vez na vida reconhece-se em alguns momentos). E começo a achar que muitos homens não gostam do filme (tenho lido alguns) porque temem isso mesmo. Reconhecerem emoções suas ali, naquele filme. Apesar de não ser um filme sobre homosexualidade (que tambem é obviamente) e sim um filme sobre uma paixão.